Para onde?

Eu tento entender certas atitudes tomadas por seres de nossa espécie. Penso, logo desisto! Essa foi uma frase que usei durante um tempo de minha estadia em um mundo sombrio, cheio de ódio, onde não conseguia mais produzir uma linha sequer de programação.
Porra, sou pago para isso, na realidade, recebo uma pequena porção de alguma coisa qualquer para fazer esse tipo de coisa. Então, se não produzo, não tenho porque receber, correto? Pela teoria, deveria ser assim mas as coisas não funcionam dessa maneira.
Mostro como as coisas funcionam, explico que não aprendi a fazer milagre nas aulas que tive no curso técnico e em todo conhecimento que adquiri, as soluções não são mágicas, elas são feitas com a mais pura força bruta que regem nossos dedos ao teclado e nosso intelecto ao nível de pessoas puramente lógicas. Então, se não existe uma solução lógica e plausível, o que temos realmente para fazer? Nada. Sim, ponto, realmente ponto, acabou, termina aqui. Quando precisamos resolver algo, primeiramente, devemos saber do que se trata o problema. Em segundo lugar, preciso das especificações técnicas e em terceiro, pensar na melhor e mais rápida forma de resolvermos o tal problema.
Interessante, explanei sobre diversas coisas que precisamos para gerar uma solução. Já expliquei que não fazemos milagres e muito menos mágicas. Sabemos que existe um problema real, que está realmente preocupando à todos que desempenham a função de criadores de soluções em TI, mas não temos as especificações técnicas. Lembram que esse é o segundo passo para solucionarmos algo? Então, não tenho isso em mãos e dependo de terceiros para solucionar o problema, o que faço nesse momento? Como alguém consegue sentir o maldito desejo de tentar resolver o problema se não possui as especificações necessárias? Que parte não foi realmente compreendida que, por enquanto, estamos de mãos atadas e não podemos fazer nada? É realmente tão complexo para entender esse tipo de coisa? O mais bacana, é que não passei por esse momento com um cliente, apenas com um cara que também é desenvolvedor... Eu devia ter virado médico...

Sobre o autor:
Igor Sousa Yama: Um profissional de TI estressado, metódico e que não gosta de contato pessoal. Não suporta usuários e pessoas que preferem perguntar à aprender. Viciado em tecnologia e House M.D., porque se identifica muito com ele.{Saiba + sobre o autor}